Foto: timor-leste-no-ipsantarem.blogs.sapo.pt
FRANCISCO BORJA DA COSTA
( TIMOR-LESTE - ÁSIA )
Francisco Borja da Costa nasceu em Fatu-Belak na região de Manatuto no dia 14 de Outubro de 1946.
Filho do Rei António Costa, foi autor do dicionário Tétum-Português, escreveu a obra "Um Minuto de Silêncio" e compôs o Hino Nacional de Timor-Leste "Pátria-Pátria".
Fez a antiga quarta classe em Soibada e depois mudou-se para Díli. Entrou para a função pública em 1967, a título experimental. De 1968 a 1971 cumpriu o serviço militar obrigatório, regressando à função pública na categoria de aspirante da repartição de Gabinete.
Esteve presente no dia 25 de Abril de 1974 em Lisboa, pois estava a estagiar no "Diário de Notícias". Regressou a Timor já como jornalista, para o jornal "Voz de Timor".
Francisco Borja da Costa casou com Genoveva da Costa Martins e tiveram um filho. Borja da Costa foi assassinado em frente à sua residência. Vítima da invasão indonésia ao seu país.
Seus livros foram publicados em Moçambique, Angola, Portugal, Austrália, Holanda e Brasil.
TIMOR-LESTE. ANTOLOGIA POÉTICA. O LIVRO NA RUA 8. SÉRIE Literatura em Língua Portuguesa. Organizadora Cleide Cristina Soares. Inclui os poetas Afonso Busa Metan, Fernando Sylvan, Francisco Borja da Costa, Jorge Barros Duarte, Xaba Gusmão (José Alexandre Gusmão ou Kay Rala Xanana Gusmão. Editor Victor Alegria. Brasília, DF: Thesaurus Editora, sem data. 10,5 x. 14,5 cm
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
Timor-Leste visto de cima. (Foto: Trevar Skillicorn-Chilver / Unsplash)
PÁTRIA
Pátria, pátria, Timor-Leste nossa nação.
Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
Vencemos o colonialismo
Gritamos: abaixo o imperialismo.
Terra livre, povo livre,
não, não, não à exploração.
Avante, unidos, firmes e decididos.
Na luta contra o imperialismo,
o inimigo dos povos,
até a vitória final,
pelo caminho da revolução!
Refrão: Pátria, pátria, Timor-Leste nossa nação.
Glória aos heróis da nossa libertação.
UM MINUTO DE SILÊNCIO
Calai
Montes
Vales e fontes
Regatos e ribeiros
Pedras dos caminhos
E ervas do chão,
Calai
Calai
Pássaro do ar
e ondas do mar
Ventos que sopram
Nas praias que sobram
De terras de ninguém,
Calai
Calai
Canas e bambus
“Árvores e “ai-rús”
Palmeiras e capim
Na verdura sem fim
Do pequeno Timor,
Calai
Calai
Calai-vos e calemo-nos
POR UM MINUTO
É tempo de silêncio
Ao tempo da vida
Dos que perderam a vida
Pela Pátria
Pela Nação
Pelo Povo
Pela Nossa
Libertação
Calai — um minuto de silêncio...
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Página publicada em março de 2023
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